segunda-feira, 16 de março de 2015

Batmania Rio Comenta: Arte, Cultura e Reflexão - O Homem-Morcego e a cultura pop

No mais novo 'Batmania Rio Comenta', nosso membro Ricardo Santos fala sobre o impacto de um personagem fictício pode causar na cultura pop e geral, utilizando neste caso, Batman como exemplo, confira!


Muito já se foi discutido sobre o valor que histórias em quadrinhos poderiam ter como parte da cultura moderna e de sua influência entre as gerações, e fica cada vez mais claro o poder de alcance que são capazes de exercer. Tamanha é a força que todo esse universo tem, que seria impensável suas histórias não se tornassem de alguma forma um reflexo de mundo em que vivemos. De contos de pessoas com super poderes, ou com simples desejo de justiça (como o Batman), aos poucos esses heróis também passaram a mostrar as dores, angustias e dúvidas cada vez mais comuns ao mundo moderno, assim como também tiveram de alguma forma atingidas pela realidade que as cercava.


Um exemplo que vale ressaltar que HQ`s já sofreram um período de perseguição, foi nos Estados Unidos, durante a época do chamado Macartismo (do inglês McCarthyism), liderada pelo republicano Joseph McCarthy, que durou do fim da década de 40 até meados da década de 50, no qual houve uma grande perseguição aos direitos civis e uma verdadeira “caça as bruxas” na cultura americana, no qual muitos personagens foram vistos como subversivos, mesmo tendo como intenção mostrar idéias de liberdade e respeito e luta contra a corrupção, desigualdade e crimes de uma forma geral, não conseguiram escapar da abominável visão destorcida de alguns conservadores. É claro que o Vigilante de Gotham também foi vítima dessa perseguição. Mas, como saldo positivo para ele, foi criado o personagem do Menino-Prodígio, Robin, como um aprendiz, literalmente, alguém para o homem-morcego servir de exemplo.

Joseph McCarthy

Com o passar do tempo, essas idéias conservadoras foram caindo por terra, e é claro que o bom senso foi mais forte e aos poucos o universo de super-heróis deixou de ser apenas passa tempo de criança para se tornar objeto de adoração de crianças, adolescentes, adultos, de todos que gostam de uma boa história, não importa a idade. Assim por exemplo, o personagem chegou a década de 60 de forma mais livre, e nessa época ele acabaria ganhando uma de suas formas mais populares, a série de TV “Batman”, estrelada por Adam West e Burt Ward, elevou o personagem a um patamar de ícone da cultura pop. A própria associação Batmania Rio conta com a ilustre presença de Jorge Ventura, publicitário, professor, ator, dublador, poeta e autor do livro “Sock! Pow! Crash!-40 anos da série Batman na TV”, no qual conta a trajetória da antológica série, contando detalhes e curiosidades da produção do programa.


Como isso ainda é pouco para um herói da dimensão do Batman, ele ainda foi se tornado cada vez mais intenso, sem perder sua popularidade. E assim, se vê na década de 80, um herói sombrio, mas com um apelo popular sem igual. Esse Batman encanta o mundo com histórias antológicas, que ficam marcadas na memória não só dos fãs dele. Histórias como “O Cavaleiro das Trevas”, “A Piada Mortal”, “Morte em Família”, são motivos de adoração e de debates acirrados entre os fãs. Como uma forma de fechar com chave de ouro, no ano de 1989, o diretor Tim Burton lança o filme “Batman”, estrelado por Michael Keaton, Jack Nicholson e Kim Basinger. A sequencia em 1992 também obteve sucesso, mas após isso os filmes seguintes, dirigidos por Joel Schumacher não foram tão bem aceitos, mas o personagem ainda assim mantinha seu sucesso nos quadrinhos e em outras mídias, como os games.


Para os anos 2000, o personagem ganha um grande apoio, pelas belas histórias em quadrinhos como também pela trilogia feita para o cinema, dirigida por Christopher Nolan, com os filmes “Batman Begins”, “ O Cavaleiro das Trevas” e “ O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, que ganham grande repercussão da mídia. O legado do Batman já é extenso e belo por si só, mas um personagem como esse merece sempre mais, e assim será, pois para 2016 teremos mais emoções nos esperando em “Batman V Superman: Dawn of Justice”. E que o isso seja apenas o primeiro capítulo de outra história de sucesso do nosso herói.


sexta-feira, 6 de março de 2015

Batmania Rio Comenta: O Legado de Tim Burton


O legado de Tim Burton
Por Paulo Chacon.

Ao ver se aproximar uma nova era de filmes do morcego, vem a mente o trabalho espetacular do diretor Tim Burton em seus dois filmes sobre o vigilante de Gotham City. Burton trouxe para o cinema elementos novos, deu vida a personagens apagados e estabeleceu um padrão estético para a cidade e os veículos que serve de inspiração até hoje para outras mídias. E bem verdade que em seus trabalhos ele sempre colocou o herói em segundo plano e deu destaque aos vilões. As historias de ambos os longas também deixa a desejar em vários aspectos. Mas os méritos sobrepõem as falhas. Junto com Danny Elfman, criaram uma trilha sonora épica e inesquecível. Seus designers de produção, Anton Furst e Bo Welch, deram a Gotham City o verdadeiro significado de sombrio e decadente. O figurino não deixa a desejar; os trajes dos vilões e o uniforme do herói são marcantes.  A ideia de Batman precisar de um traje resistente para combater o crime ao invés de um traje colant surgiu com Tim Burton. Schumacher e Nolan só beberam na fonte. Se você acha que a capa que plana e o Batmóvel se transformar em outro veiculo são coisas do Nolan, estão redondamente enganados.


Além desses e outros elementos estéticos, Burton também inaugurou a publicidade com o logo do personagem; Batman - O Retorno foi o primeiro filme do herói que sua logotipo foi modificada para atender a atmosfera do filme. Vai dizer que você não gostou do símbolo do morcego tomado pela neve? Ali também desenvolveu a publicidade com os vilões, que ganharam cartazes próprios, algo que nunca havia sido feito antes.

Burton foi infeliz na escolha de Michael Keaton, embora ele seja um bom ator. Mas provou seu valor artístico: Keaton só fazia comédias e ao ganhar o capuz do morcego nos deu um Batman trágico e sombrio. Ele leva a sério o papel que desempenha. Seu Batman realmente é perturbado. O acerto indiscutível vem com os vilões: Coringa e Mulher-gato são brilhantes. Pinguim, apesar de sofrer mudanças drásticas na sua personalidade, foi apresentado pela primeira vez com um vilão temido e respeitado. Longe das versões cômicas do seriado e das HQs.


Muito se pode falar do trabalho de Tim Burton. Seus erros e seus acertos, as polemicas e o tom pesado de seus filmes (em especial o segundo, que fez a Warner rever todo seus planos com o personagem) mas não se pode negar uma coisa: em uma época que os heróis no cinema não eram levados a sério, Burton foi original e ousado.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Batmania Rio Comenta: Vida longa e prospera... também aos morcegos!





Escrito por Guilherme Gabriel.

No dia 27/02/2015 todos nós soubemos que a vida mesmo sendo longa e prospera ela pode ter seu fim. Nimoy era daquelas figuras que em nosso imaginário seria eterno e que de fato suas orelhas seriam pontudas.











Também é muito comum nas redes sociais vítimas de "modinhas" comuns nesses meios vemos pessoas que nunca jamais imaginamos e estão de luto por Nimoy. Dai se tira algumas conclusões muitos são Maria vai com as outras mesmo, outras de fato gostavam do cara mesmo não sendo fã ferrenho, alguns são as de carteirinhas e nos tempos atuais pelo fenômeno da cultura pop e o paradigma geek nerd que nós vivemos nossos ícones "nerds" alcançam a todos e tem o seu respeito como se fosse uma autoridade e ou uma estrela indiscutível do cinema - não que Nimoy não fosse, mas convenhamos minha irmã não sabe quem é - dito isso lamento também por sua ida mas celebro talvez o grande motivo por tal comoção e especialmente nos fãs e cinéfilos jovens sua morte causou furor. A grande homenagem feita, não só para Nimoy mas também para o - esse sim eterno - Spock, nos filmes contemporâneos da franquia Star Trek! Merecidíssimo! Agora onde quero chegar com isso?! Feita a homenagem quero marcar um ponto.

Com a licença de nosso expert e especialista no assunto Jorge Ventura, vou ter a audácia de falar dele (dele mesmo) nas próximas linhas... Adam West é o Nimoy dos Batmaniacos até os críticos da série - sim eles existem! - nutrem um carinho especial por West assim como os amantes da série de 66 e os amantes de toda a era televisiva que foi marcada por séries, cinéfilos fãs de quadrinho etc etc etc e os que tiveram sua infância marcada pela série do Batman de 66 - mesmo que pela Fox Kids - Creio que Adam West seja digno de uma homenagem a sua altura, tal qual Nimoy recebeu, e o melhor de tudo ainda há tempo e a série nunca esteve tão na moda! O imbróglio Warner x Fox cessou e agora vemos uma enxurrada de produtos licenciados da série que não só por ser pop está em alta mas também por ser vintage - todo moderninho adora vintage - e "SANTA CONSTATAÇÃO" ele é o Batman... Motivo suficiente para toda e qualquer homenagem! Participe de nossos textos deixe seus comentários 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Batmania Rio Comenta: DC na TV (16-20/02/2015)

Estamos estrelando a nossa mais nova coluna no Batmania Rio! O 'Batmania Rio Comenta' sempre tratará de assuntos relevantes aos bat-fãs e aos fãs da DC da qual cada 2 membros discutiram brevemente sobre os assuntos mais interessantes ao longo da semana. pra começar, falaremos sobre o que rolou nesta semana nos seriados de TV da DC Comics, e o que mais pode vir por aí. Na coluna de hoje, temos Luis Augusto Ribeiro e Diogo Oliveira, confira abaixo:

Gotham: The Blind Fortune Teller

Por Luis Augusto Ribeiro

Confesso que quando soube da possível introdução do que parecia (!?) ser o Coringa, na série Gotham, eu fiquei muito, mas muito apreensivo... Achei prematuro e, por que não dizer, desnecessário. Pra falar a verdade, não gostei nem um pouco dos rumores e da ideia em si. Entretanto, fui mais uma vez surpreendido pela sagacidade e inteligência dos roteiristas. O desenvolvimento, o tratamento que deram para esta trama em particular é, no mínimo, fodíssimo!!!

A série tem sido muito bem-sucedida em vários aspectos e acho que todos concordam que o principal deles é o Pinguim. Porém, subtramas e sutilezas têm sido muito comuns ao longo desta temporada e se transformado numa característica deveras marcante. As liberdades propostas e as alterações têm agregado imensamente, sobretudo no que concerne a vida particular do protagonista Jim Gordon. A recente reviravolta e seu envolvimento com ninguém menos que a Drª Leslie Thompkins tem sido uma grata surpresa.


(nesse ponto cabe um alerta de spoilers)

O episódio começa com uma investigação num circo que se apresenta na cidade e logo de cara nos revela uma trama de assassinato bizarra, mas contextualizada com o que a série é. A sutil participação da família Grayson é um show à parte. Mas vamos ao que interessa. Gordon e Leslie encontram um corpo de uma mulher chamada Lila, cujo filho, Jerome (isso mesmo Jerome com “J” de... Aaah, vocês entenderam!) passa de vítima a suspeito quando um vidente do mesmo circo diz ter recebido uma mensagem da falecida. A mensagem incógnita (claro) desperta a curiosidade de Leslie e esbarra no ceticismo de Gordon. Leslie (aqui carinhosamente apelidada de “Lee”) convence Gordon a decifrá-la e juntos descobrem evidências que incriminam Jok... Desculpem, Jerome no assassinato da própria mãe.

Agora vem a parte F.O.D.A. A interpretação de Cameron Monaghan é simplesmente desconcertante, ele incorpora elementos de (pasmem) Jack Nicholson e Heath Ledger sem parecer uma cópia, porém, isso é feito com uma sutileza absolutamente macabra, com pitadas poderosas de humor negro e um grau espantoso de psicopatia... Esses caras acertaram a mão sem se comprometer. Ao mesmo tempo, linkaram o passado da família Grayson com um dos personagens mais perigosos do universo do Batman de uma forma inédita e surpreendente. Isso sem falar das roupas do Sr. Cícero, terno escuro e um simbólico chapéu ROXO... ROXO, Senhoras e Senhores!!! Uma referência clara à excêntrica maneira de se vestir do futuro Bat-Nemesis. Como não podia deixar de ser, esse é até agora o episódio MAIS IMPRESSIONANTE, até agora. A série tem um futuro promissor se eles continuarem assim.


E abaixo vocês podem ver o mais novo trailer de 'Gotham', que recapitula os episódios passados, além de mostram um pouco mais da gangue do Capuz Vermelho e o que pode acontecer de bom (e ruim) na épica season finale!



'The Flash: Fallout' e 'Arrow: The Return'

Por Diogo Oliveira

'The Flash' segue com a sensacional introdução de Nuclear mostrando o que acontece depois da explosão do "Homem Nuclear" e as consequências que devem engrenar o confronto definitivo entre Flash e o Flash Reverso no final da temporada. Victor Garber consegue exatamente reproduzir aquilo que Martin Stein é nas HQs, enquanto Robbie Amell se mostra um ótimo ator lidando com os conflitos de Ronnie Raymond enquanto ainda interpreta o ""Victor Garner de Alias". A série não dá espaço pro publico respirar, colocando acontecimentos importantes um atrás do outro e mantendo a qualidade da história sempre alta. E essa cena pós-créditos, ESSA CENA PÓS-CRÉDITOS!!!!


Já 'Arrow' mantém sua tradição de ter um episódio centrado em flashbacks em cada temporada, apesar deste ser o mais fraco dos 3, mas não signifique que ele seja ruim. Apesar dos momentos de flashbacks de Oliver voltando a Starling City e reencontrando secretamente seus amigos e família tragam easter eggs e referências bastante divertidas para os fãs, a graça real do episódio é ver Oliver e Thea em Lian Yu, lidando com o fato de estarem ilhados junto com um bastante furioso Slade Wilson (Manu Bennet, que nunca decepciona) assim como a revelação sobre a morte de Sara que aumenta ainda mais o laço outrora enfraquecido entre os irmãos.


Abaixo veja o trailers dos próximos episódios das duas séries, com revelação a publico sobre Harrison Wells, a volta de Ra's Al Ghul e o E.L.E.K.T.R.O.N em ação!




Até o próximo final de semana pessoal!