O
FUTURO DO MORCEGO NO CINEMA
Por Paulo
Chacon
O novo
ano já chegou e pode-se dizer que os fãs de HQ estão muito felizes. Todos foram
bem atendidos, tanto os marvetes como os dcnautas. Mas vamos ao que interessa,
Batman. O terceiro filme da saga Nolan chegou e encerrou grandiosamente o
trabalho do competente diretor. Só que agora, está na hora de sair da fórmula
iniciada por Tim Burton e fazer algo fiel as HQ. Chega de mudar origem dos
personagens. Chega de matar os vilões. Chega de uniforme de borracha. Chega de
mocinha em perigo. Chega de Batman assassino.
As pessoas acham que é muito difícil transpor um
personagem de mais de 60 anos historia para 2 horas de filme... Ora, Richard
Donner conseguiu. Fiel às historias, fiel ao visual, hoje você pode assistir
Superman O Filme e talvez ache estranho, fora do contexto. Mas lembre-se que é
uma produção do fim da década de 70, então ali ela estava dentro do contexto. É
igual comparar Nicholson e Ledger. Cada um está dentro da sua época. Um
pertence a ideia de Coringa dos anos 80 e outro o pertence a ideia dos anos
2000.
Fora do cinema, temos exemplos de adaptação que dão certo
como a série animada de Bruce Timm e Paul Dini. Suas historias são tão boas que
diversos elementos e personagens foram levados para os quadrinhos. Difícil?
Não. Sabe por quê? Quando você coloca alguém que gosta do personagem e respeita
sua mitologia, o resultado é esse. E assim esperamos para a nova saga
cinematográfica que virá com o morcego. Algo fiel ao que vem sendo feito nesses
mais de 70 anos. Filmes fieis as HQ não são sinônimo de fracasso. Dois exemplos
simples, recentes. 300 e Sin City. No bat-univeso, mais dois, Batman a Mascara
do Fantasma e Batman Dead End (visualmente falando). Ambos são aclamados por
fãs e não fãs do gênero.
A solução não é tornar o herói mais realista, como querem
fazer com o novo Superman, e sim respeita-lo na sua essência. São quadrinhos
afinal. A fantasia está ali. O irreal também. Se a fantasia e o irreal não
funcionassem não haveria fãs de Guerra nas Estrelas nem Senhor dos Anéis. A
magia está na fantasia, nos queremos ver o homem voar com sua capa vermelha...
ou o homem saltar de edifícios com sua capa negra utilizando uma corda. Nos
queremos o charme das HQ!
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