terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O futuro do Morcego no cinema



O FUTURO DO MORCEGO NO CINEMA
Por Paulo Chacon

O novo ano já chegou e pode-se dizer que os fãs de HQ estão muito felizes. Todos foram bem atendidos, tanto os marvetes como os dcnautas. Mas vamos ao que interessa, Batman. O terceiro filme da saga Nolan chegou e encerrou grandiosamente o trabalho do competente diretor. Só que agora, está na hora de sair da fórmula iniciada por Tim Burton e fazer algo fiel as HQ. Chega de mudar origem dos personagens. Chega de matar os vilões. Chega de uniforme de borracha. Chega de mocinha em perigo. Chega de Batman assassino. 

As pessoas acham que é muito difícil transpor um personagem de mais de 60 anos historia para 2 horas de filme... Ora, Richard Donner conseguiu. Fiel às historias, fiel ao visual, hoje você pode assistir Superman O Filme e talvez ache estranho, fora do contexto. Mas lembre-se que é uma produção do fim da década de 70, então ali ela estava dentro do contexto. É igual comparar Nicholson e Ledger. Cada um está dentro da sua época. Um pertence a ideia de Coringa dos anos 80 e outro o pertence a ideia dos anos 2000.

 Fora do cinema, temos exemplos de adaptação que dão certo como a série animada de Bruce Timm e Paul Dini. Suas historias são tão boas que diversos elementos e personagens foram levados para os quadrinhos. Difícil? Não. Sabe por quê? Quando você coloca alguém que gosta do personagem e respeita sua mitologia, o resultado é esse. E assim esperamos para a nova saga cinematográfica que virá com o morcego. Algo fiel ao que vem sendo feito nesses mais de 70 anos. Filmes fieis as HQ não são sinônimo de fracasso. Dois exemplos simples, recentes. 300 e Sin City. No bat-univeso, mais dois, Batman a Mascara do Fantasma e Batman Dead End (visualmente falando). Ambos são aclamados por fãs e não fãs do gênero.

A solução não é tornar o herói mais realista, como querem fazer com o novo Superman, e sim respeita-lo na sua essência. São quadrinhos afinal. A fantasia está ali. O irreal também. Se a fantasia e o irreal não funcionassem não haveria fãs de Guerra nas Estrelas nem Senhor dos Anéis. A magia está na fantasia, nos queremos ver o homem voar com sua capa vermelha... ou o homem saltar de edifícios com sua capa negra utilizando uma corda. Nos queremos o charme das HQ!

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